A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar, por unanimidade de votos, em sessão plenária realizada nesta quarta-feira (6), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os envolvidos no núcleo de desinformação da trama golpista iniciada em 2022, logo após o resultado do pleito eleitoral daquele ano, do qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.
Chamado na denúncia da PGR de núcleo 4, o grupo era responsável por propagar, de maneira orquestrada, desinformação contra o sistema eleitoral brasileiro. O major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, morador de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, é acusado de integrar, juntamente com outros seis acusados, esse braço da trama golpista.
Denicoli foi denunciado, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 32 pessoas, em fevereiro deste ano, por tentativa de golpe de Estado.
Agora, os 7 integrantes do núcleo de desinformação se tornam réus na ação penal cuja relatoria é do ministro Alexandre de Moraes. Também acataram a denúncia os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Além de Denicoli, os outros integrantes do núcleo 4 que viraram réus são:
Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército
Carlos César Moretzsohn Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal;
Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e ex-servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
Marcelo Araújo Bormevet, policial federal e ex-servidor da Abin;
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército.