O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” foi “arquitetado e levado ao conhecimento” do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a denúncia apresentada nesta terça-feira, o plano previa matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com a acusação, Bolsonaro cometeu os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O ex-presidente nega as acusações. Nesta terça, antes de a denúncia ser protocolada, Bolsonaro disse não ter preocupação com as imputações criminais.
— Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu. A frase mais emblemática, tem uns 30 dias mais ou menos, um amigo que deixei em Israel falou o seguinte: “Que golpe é esse que o Mossad não estava sabendo?” Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero — disse Bolsonaro, em visita ao Senado.