A enfermeira cuidadora que acompanhou Zagallo até os últimos dias de vida está pedindo na justiça que a família do ex-técnico pague o valor de R$ 190 mil por um acordo trabalhista. Em audiência realizada na última semana, a profissional concordou em receber esse valor.
O processo trabalhista está sendo movido desde abril de 2024. Inicialmente, a enfermeira tinha pedido o valor de R$ 328.115,27 da herança que foi deixada por Zagallo. Neste valor estão inclusos encargos trabalhistas como FGTS, multa, 13º salário e outros, além de uma indenização por assédio moral.
Segundo a enfermeira, para cuidar de Zagallo ela era obrigada a viver em condições insalubres e não tinha as horas de descanso adequadas. Ela relata que era obrigada a dormir em um colchão no chão, ao lado da cama de Zagallo, para levá-lo ao banheiro durante a noite.
A enfermeira diz também que não tinha tempo para realizar suas refeições, pois precisava estar todo tempo à disposição do ex-técnico na seleção brasileira. Ela acrescenta que o filho de Zagallo, Mario Cesar, usava um “tom ríspido e ofensivo” para falar com ela e que era “um ambiente de trabalho hostil e humilhante”, com uma “conduta abusiva” que configurava assédio moral.
O filho de Zagallo foi procurado pela reportagem do UOL, mas ainda não havia se manifestado. A família ofereceu o valor de R$ 18 mil, mas a enfermeira rejeitou. A ação corre em segredo de justiça no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.
