Uma “Bola de Neve”: Rodolfo, ex-vocalista dos Raimundos entre acusações e denuncias de abusos sofridos na igreja (VÍDEO)

Por: Redação

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 - Atualizado há 7 meses ago

Rodolfo Abrantes e sua esposa, Alexandra Abrantes, denunciaram abusos sofridos enquanto frequentavam uma igreja em Balneário Camboriú, Santa Catarina, há 13 anos. O ex-vocalista dos Raimundos compartilhou seu desabafo no Instagram nesta quarta-feira, 22, afirmando que ainda carrega “traumas que demoram demais para curar e ainda doem”.

O caso veio à tona após ex-membros da igreja Bola de Neve acusarem os pastores de desviar dízimos e ofertas para benefícios próprios. Alexandra, com mais de 1 milhão de seguidores, utilizou sua plataforma para expressar sua indignação com a antiga igreja, onde congregou de 2004 até 2011.

Olhe o vídeo:

https://www.instagram.com/orodolfoabrantes/?utm_source=ig_embed&ig_rid=7cfa2d16-ca1a-49b6-a058-2cb30a992e08

Feridas emocionais
“Que vergonha dessa Bola de Neve. Queria poder mencionar o ‘@’, mas estou bloqueada. Talvez esteja bloqueada para não expor (mais ainda) os abusos e manipulações que sofri quando era ‘membra'”, escreveu Alexandra em um comentário nas redes sociais. “Se tem uma coisa que eu me arrependo nessa vida, foi ter sido ‘parte’ da Bola de Neve Balneário Camboriú”.

Alexandra revelou que a pastora do local criou “feridas na alma” que ela ainda carrega. “Pastora só por título, pois nunca cuidou de ninguém a não ser de si mesma. As feridas não foram só em mim”, declarou. “E há 13 anos me desvinculei desse sistema podre de manipulação e controle de pessoas. Que nada tem a ver com o reino de Deus. Vergonha! É o que eu sinto, além de muito arrependimento.”

Declarações de Rodolfo
Rodolfo complementou o desabafo da esposa em seu Instagram: “Eu não devia absolutamente nada. Mas o que quero dizer não se refere às acusações que têm vindo à tona sobre fraudes, pois isso não me diz respeito. Não tenho prova, nem base, nem capacidade de acusar ninguém. O que estou aqui para dizer é que estou com minha esposa e vi o quanto de abusos emocionais que ela sofreu naquele ministério e nós sofremos demais como família. Nosso casamento foi abalado naquela época e nós sobrevivemos. Estamos firmes e carregamos cicatrizes de feridas que demoram a curar.”

O ex-vocalista dos Raimundos relatou ainda ter sido “cancelado” por pastores e teve suas músicas proibidas nos cultos. “Minha esposa foi chamada de Jezabel para baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada)”, afirmou.

“Já faz 13 anos que nos desligamos desse ministério. Em razão de não ter anunciado à época a nossa saída, muitas pessoas, principalmente na nossa cidade, ainda acham que estamos lá. Eu e minha esposa não temos conhecimento, nem compactuamos com absolutamente nada que tenha sido feito por meio da liderança desde 2011, quando saímos”, declarou Rodolfo. “O pior é o peso que ainda sentimos, as feridas e traumas que demoram demais pra curar e ainda doem. Fico muito triste com tudo que está acontecendo, pois, mais uma vez, homens em nome de Jesus o representam mal.”

Cantor trocou Raimundos pela vida de crente
Vale lembrar que Rodolfo deixou os Raimundos em 2001 por conta de sua conversão religiosa. Ele se afastou dos palcos e do ambiente musical secular, buscando uma vida mais simples e conectada à sua nova crença.

Nesse período, Rodolfo começou a frequentar a igreja Comunidade Cristã Paz e Vida, onde aprofundou sua espiritualidade e começou a dar os primeiros passos em sua jornada cristã. Em 2003, ele lançou seu primeiro álbum solo, “Santidade ao Senhor”, com letras que refletiam sua nova fé e visão de mundo.

Em 2004, Rodolfo e sua esposa, Alexandra, se uniram à igreja Bola de Neve, onde se envolveram ativamente nas atividades da congregação. Enquanto eles permaneceram na Bola de Neve, Rodolfo continuou a desenvolver sua carreira musical dentro do contexto gospel, lançando álbuns solo e participando de eventos religiosos. O casal se desvinculou da Igreja em 2011 relatando experiências negativas e abusos emocionais sofridos na instituição.

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