Um grupo de cientistas australianos se dedicou a calcular exatamente quantas pessoas foram salvas por imunizantes ao longo dos últimos anos.
Eles estimam que, desde 1974, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o seu programa global de imunização 154 milhões de vidas foram poupadas, um número maior que a população do México inteiro (127 milhões).
Segundo os cientistas, entre o total de pessoas salvas, 146 milhões eram crianças que tinham menos de 5 anos e que poderiam ter morrido por conta de doenças como varíola, tuberculose, difteria, tétano, poliomielite e sarampo. Os imunizantes provocaram uma queda de 40% no risco de morte infantil.
“Descobrimos que a vacinação contra o sarampo foi responsável por 60% do benefício total da vacinação durante o período de 50 anos, o que significa que ele foi o maior impulsionador do número de vidas salvas”, afirmou o matemático Andrew Shattock, que fez a estimativa, em comunicado à imprensa.
As descobertas são um importante lembrete do poder da vacinação em um contexto que a cobertura vacinal têm caído em todo o mundo e também no Brasil. No caso do sarampo, por exemplo, a cobertura de segunda dose não chega a 70% no país. A meta era 95%.