O motoboy que foi baleado com um tiro no pé desferido por um policial penal é Valério de Souza Júnior (foto em destaque). Ele foi atingido com um disparo de arma de fogo durante uma entrega de lanche, na noite de sexta (29/8), em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini foi preso, na manhã desse domingo (31/8), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ).
O agente foi capturado horas após o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decretar a prisão temporária.
VÍDEOS:
https://www.instagram.com/reel/DOFKufuAP7a/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
https://www.instagram.com/reel/DOFI7XNgKHi/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
Além de preso, Ferrarini está afastado do cargo de policial penal pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Ao anunciar o afastamento e também a abertura de um processo administrativo disciplinar, a Seap classificou a conduta do policial como “repugnante”. “A Polícia Penal não compactua em hipótese alguma com uma atitude como essa, atitude repugnante e que não representa a grande maioria dos policiais penais do Rio de Janeiro”, afirmou a pasta.
“A corregedoria da Seap está acompanhando o caso junto à delegacia de polícia, e nos solidarizamos com o entregador Valério Júnior”, completou a instituição. Além da prisão temporária, Ferrarini foi indiciado pela PCERJ por tentativa de homicídio qualificado. A 32ª Delegacia de Polícia (Taquara) investiga o caso.
A confusão começou quando o policial penal desceu até a portaria do prédio. Ferrarini teria dito ao entregador: “Você não subir é uma parada!”, disse o policial. “Tá ok. Estou na Merck…”, narrava Valério, quando foi interrompido pelo disparo.
Ferrarini atirou no pé direito do entregador. “Então valeu”, respondeu o policial, enquanto Valério se contorcia de dor. “Que isso, cara?”, questionou o motoboy. “Que isso é o c*ralho”, rebateu Ferrarini. “Bora, me dá minha parada.”
“Tá me filmando por quê, p*rra?!”, completou. Ferido, Valério tentou se explicar. “Eu moro aqui, cara! Eu sou morador, cara!” O entregador começou a gritar por ajuda e chamou um vizinho. “Ô, Tião! Me ajuda aqui, Tião! Ele me deu um tiro, Tião! Chega aí, Tião! Sou eu, Valério!”